P E R S P E C T I V A S

Para uma crítica do Conhecimento nas sociedades pós-modernas

1.3.06

Uma breve impressão da Lusitânia

Na visão de José Gil, os portugueses são um povo sem remédio, voltados para a sua própria não-inscrição na sociedade, derrotistas por natureza e pessimistas quanto baste.
Já Boaventura de Sousa Santos admite um certo optimismo trágico para o futuro dos portugueses, querendo com isto dizer que apesar de tudo aquilo que possa estar mal nos vários sectores da sociedade portuguesa, de alguma forma ainda reside na alma mater da nossa nação uma força anímica latente que poderá revolucionar este país.

Por sua vez, os partidos políticos portugueses, optam pelo populismo próprio de uma certa elite burguesa confortavelmente instalada no poder, tecendo leis e directrizes para um sistema que vive para eles, ao invés de servir o cidadão comum, sim, porque um político não é um cidadão comum, nem na lei, nem na bolsa, nem no espelho. São digamos, pessoas especiais por natureza, devido à sua vocação para a incapacidade de trabalhar.

Por último, os nossos intelectuais escolhem ou o silêncio, ou o olhar distanciado de quem vê a sociedade por fora, tecendo críticas esporádicas neste ou naquele suporte, não para melhorar a situação, mas para marcarem uma posição de destaque perante um determinado problema. Ao fim ao cabo, não passa de uma questão de afirmação pessoal.

A nossa juventude divide-se entre os que bebem e fumam, os que só fumam, os que só bebem, os obesos precoces, e as juventudes partidárias e associações juvenis de voluntários. Se os primeiros aspiram à embriaguez do poder que está colado nas bordas do tacho, os outros querem mudar o mundo. Em ambas as utopias, uma coisa é certa: a nossa juventude está louca.

Que futuro para Portugal?

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