Uma breve reflexão sobre o virtual
Será que as sociedades estão já tão embrulhadas nas teias virtuais das redes cibernéticas que sufocam o planeta, que a Humanidade, seja lá o que isso for, já não consegue imaginar um mundo sem pessoas digitais?
De facto, há quem acredite que as inerentes vicissitudes utópicas e virtualidades místicas da rede de comunicações globais vão lançar as civilizações num período de prosperidade eterna e conhecimento infinitos.
No entanto, eu não acredito que a informação libertará a sociedade do futuro, como se fosse um imperativo inemputável da evolução da raça humana, que testemunha o seu fim ao ver a carne apodrecer com olhos enxutos, mas que consome vorazmente a simples ideia de imortalidade iluminada, ao digitalizar o corpo humano em códigos binários de chuva esverdeada.
O mundo não deixa de ser irónico...
Abandonamos a poesia de condensar a alma num só grito, para a passarmos a condensar num só impulso eléctrico.
De facto, há quem acredite que as inerentes vicissitudes utópicas e virtualidades místicas da rede de comunicações globais vão lançar as civilizações num período de prosperidade eterna e conhecimento infinitos.
No entanto, eu não acredito que a informação libertará a sociedade do futuro, como se fosse um imperativo inemputável da evolução da raça humana, que testemunha o seu fim ao ver a carne apodrecer com olhos enxutos, mas que consome vorazmente a simples ideia de imortalidade iluminada, ao digitalizar o corpo humano em códigos binários de chuva esverdeada.
O mundo não deixa de ser irónico...
Abandonamos a poesia de condensar a alma num só grito, para a passarmos a condensar num só impulso eléctrico.
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